O pacto entre petistas e bolsonaristas, apesar da rivalidade nacional entre os partidos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), garante ao atual presidente votos suficientes para permanecer no cargo.
.
Ver essa foto no Instagram
Uma publicação compartilhada por Diário do Estado de São Paulo (@diariodoestadodesaopaulo)
Além da presidência, os 94 deputados estaduais também elegerão outros oito membros da Mesa Diretora, distribuindo os principais postos de comando entre as siglas.
Aliado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e próximo de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, André do Prado tem sido peça-chave na articulação de projetos importantes do Executivo estadual. Durante sua gestão, foram aprovadas medidas como a privatização da Sabesp e a implementação das escolas cívico-militares, temas que geraram intensos debates na Casa.
O apoio do PT, que conta com 18 deputados, se soma aos 19 votos do PL e à adesão de outros partidos, com exceção do PSol, que tradicionalmente apresenta uma candidatura de oposição. Neste ano, a legenda de esquerda lançará Paula da Bancada Feminista como candidata alternativa, contando apenas com os cinco votos de sua bancada.
Desde os governos de Geraldo Alckmin (PSB), atual vice-presidente da República, o PT tem seguido a estratégia de apoiar o grupo governista na eleição para a presidência da Alesp, em troca do cargo de 1º secretário, responsável pela administração dos contratos da Casa. Para esta eleição, o partido definiu Maurici como o nome de consenso para ocupar essa posição estratégica, permitindo a nomeação de assessores comissionados sem concurso público.
A escolha do PT de manter o apoio ao PL, no entanto, é criticada pelo PSol. Paula da Bancada Feminista argumenta que o atual presidente da Alesp tem conduzido votações de forma autoritária e favorecido o governo estadual em detrimento da independência do legislativo. Apesar das críticas, a oposição reconhece que a reeleição de André do Prado é inevitável, uma vez que a alteração da Constituição paulista, aprovada em outubro de 2024, permitiu a recondução de um presidente dentro da mesma legislatura. A expectativa é que a eleição deste sábado apenas formalize a manutenção do atual cenário político da Alesp.