Ao longo da operação, foram cumpridas 208 medidas judiciais, incluindo a reinstalação de tornozeleiras eletrônicas, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Destas, oito já haviam sido realizadas previamente, enquanto o restante foi executado na manhã desta quinta-feira.

Das 208 pessoas visadas, 170 foram identificadas como foragidas. Até o momento, 48 indivíduos foram detidos, sendo que algumas prisões ocorreram nos dias antecedentes à operação. A Polícia Federal explicou que essas prisões são parte de um esforço contínuo para assegurar que todos os investigados respondam por suas ações.

Segundo os investigadores, muitos dos envolvidos descumpriram medidas cautelares, como a violação de tornozeleiras eletrônicas, mudança de endereço sem comunicação prévia e a não apresentação à Justiça. Alguns suspeitos fugiram para o exterior, com a Argentina sendo apontada como o principal destino, abrigando mais de 60 fugitivos.

A operação também incluiu a apreensão de armas, com uma sendo localizada até o momento. Os nomes dos foragidos que não foram capturados serão adicionados ao Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). Aqueles identificados no exterior terão seus nomes incluídos na lista de procurados da Interpol.

A distribuição dos mandados de prisão por estado é a seguinte:

Distrito Federal: 7
Paraná: 5
Bahia: 1
Mato Grosso: 4
Minas Gerais: 7
Goiás: 1
Mato Grosso do Sul: 1
São Paulo: 17
Santa Catarina: 3
Espírito Santo: 1
Pará: 1

Os crimes atribuídos aos envolvidos incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime e destruição de patrimônio protegido.

A Polícia Federal continua seus esforços para garantir que todos os responsáveis pelos atos antidemocráticos de janeiro sejam levados à justiça, mantendo a integridade do Estado Democrático de Direito e a segurança pública.