O reencontro está marcado para a manhã desta quarta-feira (12/3), na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília. A proibição havia sido imposta por Moraes no contexto das investigações sobre os atos de 8 de Janeiro, limitando as comunicações de Bolsonaro com aliados estratégicos. Agora, com a decisão revertida, o ex-presidente e o presidente do PL poderão voltar a articular politicamente sem intermediários.
A expectativa no partido é grande para essa reaproximação, vista como essencial para os planos eleitorais da legenda. Além da reunião no PL, Bolsonaro e Valdemar devem estender a conversa para um almoço reservado em uma churrascaria no Setor de Clubes Norte, área nobre da capital federal.
O encontro deve ser um momento simbólico de reaproximação e alinhamento de estratégias para os próximos passos da direita no Brasil. Logo após a liberação do contato, Bolsonaro comentou, em tom descontraído, que estava “morrendo de saudades” de Valdemar.
Para o ex-presidente, a decisão de Moraes facilita a coordenação dentro do PL e reforça o papel do partido como a principal força de oposição ao governo Lula. Bolsonaro recebeu a notícia em São Paulo, onde cumpria agenda na terça-feira. Pela manhã de quarta, embarcou de volta para Brasília, com pouso previsto para as 11h, seguindo direto para o encontro com Valdemar. O evento reforça a importância do ex-presidente dentro do PL e sinaliza uma nova fase de articulação política.
O reencontro entre Bolsonaro e Valdemar também antecede um evento de grande impacto: a manifestação pró-anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro, que acontecerá no domingo (16/3) na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A presença dos dois líderes no ato deve reforçar o discurso contra as punições impostas aos envolvidos nos protestos e mobilizar a base bolsonarista em um momento decisivo para a direita brasileira.