Racionamento de água sim, mas com os devidos esclarecimentos e orientações

Por Deputado Estadual Dr. Jorge do Carmo  Com volume útil de apenas 25,7% de sua capacidade, a SP Águas (agência do estado responsável pela regulação do fornecimento de água à população) declarou, oficialmente, nesta quarta-feira (24/09), regime de escassez hídrica nas bacias hidrográficas do Alto Tietê e do rio Piracicaba, que abastece o sistema Cantareira.
Deputado Estadual Dr. Jorge do Carmo — Foto: Reprodução
Deputado Estadual Dr. Jorge do Carmo — Foto: Reprodução

Diante da situação resta, por óbvio, o velho risco da falta d’agua. A SP Águas já suspendeu a emissão de novas outorgas de água, até que os níveis dos reservatórios sejam recompostos. O prolongado período de estiagem, sem chuvas, inevitavelmente, levaria a esta situação. Até aí, é bem compreensível. 

Juntos, os sistemas Alto Tietê e Cantareira representam 80% do volume de todo o Sistema Integrado Metropolitano (SIM), Os demais, inclusive, estão atualmente, com apenas 32,3% do seu volume. São eles: Guarapiranga, Cotia, Rio Grande, Rio Claro e São Lourenço. A presidente da agência SP Água, Camila Viana, no entanto, assegura que não haverá falta de abastecimento à população na região metropolitana. Será??

Pois bem, que a medida era necessária parece não haver dúvida. Afinal, é melhor economizar do que ficar sem água. Mas o que chama a atenção é a maneira como a medida é anunciada: de forma fria, protocolar e sem qualquer tipo de orientação à população.

Hoje sabemos, por exemplo, dos métodos de redução da pressão no período noturno, o que reduz de maneira expressiva a chegada de água às casas. Quem não tem caixa (reservatório) ou mora em local alto, já é penalizado com falta d’agua sem ao menos saber o por quê.

Acredito que medidas de racionamento, quando necessário, devem ser precedidas de informação, esclarecimento e mesmo campanhas educativas à população, em especial moradores de áreas populares, de baixa renda.

A média do volume dos mananciais de água, de um modo geral, gira em torno dos 35% de sua capacidade. Já entramos no período das chuvas, o que deve ajudar expressivamente a elevação dos níveis de água nos mananciais. Torcemos para isso. Mas reiteramos a necessidade de melhores esclarecimentos à população acerca de tão delicado assunto.

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