O ex-presidente Jair Bolsonaro convocou uma manifestação na Avenida Paulista neste domingo (25), em meio às investigações sobre sua participação em uma tentativa de golpe de Estado. Negando qualquer envolvimento em tal ato, Bolsonaro fez um discurso defendendo a anistia aos presos pelos eventos de 8 de janeiro. A manifestação ocupou aproximadamente seis quarteirões da avenida.

“O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar maneira de nós vivermos em paz. É não continuarmos sobressaltados”, afirmou Bolsonaro em seu discurso. Ele apelou aos membros do Parlamento brasileiro por uma anistia aos presos, alegando que “nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos”.

Bolsonaro também refutou as acusações de tentativa de golpe de Estado, destacando que busca apenas a conciliação e a justiça no Brasil. Ele relembrou sua trajetória política, o atentado sofrido durante a campanha de 2018 e mencionou “aquilo que aconteceu em outubro de 2022”, referindo-se à eleição em que foi derrotado ao tentar a reeleição.

O ato contou com a presença de apoiadores e lideranças políticas, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, e o pastor Silas Malafaia, entre outros. As falas em geral defenderam Bolsonaro e o governo anterior, com destaque para a motivação religiosa apresentada por Michelle Bolsonaro.

O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, mencionou a importância dos eleitores de Bolsonaro para o crescimento do partido. Enquanto isso, Bolsonaro encerrou o evento negando perseguições e qualquer envolvimento em tentativas de golpe de Estado, em meio às descobertas de documentos pela Polícia Federal relacionados a planos de alterar resultados eleitorais.