Com 21% das intenções de voto, o empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB) aparece numericamente à frente, seguido de perto pelo atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), ambos com 20% das menções.

O cenário, que coloca os três candidatos em um virtual empate dentro da margem de erro de três pontos percentuais, destaca a volatilidade do eleitorado paulistano e a incerteza que paira sobre o resultado final da disputa. Enquanto Marçal apresenta um crescimento expressivo desde a última pesquisa, saltando de 14% para 21%, Nunes e Boulos enfrentam uma ligeira queda em suas bases de apoio, ambos recuando de 29% para 20%.

Em posições mais distantes, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) registra 9% das intenções de voto, seguida pelo apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB), com 8%, e pela economista Marina Helena (Novo), com 3%. Esses candidatos também se encontram tecnicamente empatados dentro da margem de erro, refletindo um cenário fragmentado e competitivo.

A pesquisa também trouxe à tona as simulações de segundo turno, revelando que o cenário permanece indefinido e disputado. Em uma eventual disputa entre Marçal e Boulos, o deputado federal sairia na frente com 40% contra 37% do influenciador, um resultado que, no entanto, permanece dentro da margem de erro, mantendo o empate técnico. Já em uma disputa entre Marçal e Nunes, o prefeito teria uma leve vantagem, com 39% contra 33%, novamente dentro da margem de erro.

O dado mais surpreendente talvez seja a queda significativa de Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, que outrora lideravam as pesquisas com folga. Este recuo pode sinalizar uma mudança no comportamento do eleitorado, que parece estar em busca de alternativas fora do espectro político tradicional, como é o caso de Pablo Marçal, cuja campanha tem atraído tanto apoiadores fervorosos quanto críticos ferrenhos.

Com um eleitorado paulistano cada vez mais dividido e indeciso, a reta final da campanha promete ser marcada por fortes emoções e estratégias de última hora. A pesquisa Real Time Big Data ouviu 1.500 eleitores entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro, com um índice de confiança de 95%. O resultado desta corrida eleitoral, ainda muito incerto, será decisivo para o futuro político da maior cidade do Brasil, e todos os olhos estarão voltados para os próximos passos desses três principais candidatos.

Este cenário instável e imprevisível deve incentivar os candidatos a redobrarem seus esforços, apostando em campanhas mais agressivas e em debates acalorados que possam definir o voto dos indecisos, que ainda representam uma fatia significativa do eleitorado. Em tempos de incerteza, a chave do sucesso pode estar em cativar esse grupo que, até agora, não declarou seu apoio a nenhum dos candidatos.