De acordo com o gerente do estabelecimento, a vítima realizava compras quando o agressor chegou e iniciou uma discussão acalorada. O homem, visivelmente alterado, passou a agredi-la, o que levou funcionários do mercado a acionarem a polícia. Segundo testemunhas, a chegada dos agentes causou tumulto no local.
Em depoimento à Polícia Civil, a mulher afirmou estar em um relacionamento com o agressor e declarou que a discussão foi apenas verbal. Mesmo apresentando hematomas, negou ter sido agredida e atribuiu as marcas à abordagem da Polícia Militar.
O agressor, por sua vez, alegou que o conflito começou após supostas provocações de amigas da vítima e afirmou que também foi alvo de violência por parte dos policiais.
Testemunhas que presenciaram o incidente negaram qualquer abuso policial, informando que os agentes apenas usaram spray de pimenta para conter a confusão e realizar a prisão em flagrante do suspeito. O caso gerou debates sobre a complexidade da violência doméstica e a resistência de algumas vítimas em denunciar seus agressores.
Especialistas alertam que o medo, a dependência emocional ou financeira e até a coação podem levar vítimas a minimizarem agressões ou a transferirem a culpa. O silêncio, no entanto, pode resultar na repetição de episódios ainda mais graves. A denúncia continua sendo a principal forma de combate à violência contra a mulher. Se você ou alguém que conhece está em situação de risco, procure ajuda pelo telefone 180 — Central de Atendimento à Mulher.